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O tecto era a sombra da ma. Uma tabuleta no tronco mostrava o custo dos servi. Com o crescer da vida, Firipe emendou a inscri. Sobre um caixote, junto ao banco das esperas, sacudia- se um r.
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Conversa de barbeiro, isto- aquilo. Quem passeasse seus ouvidos por ali s. Mas outros lhe provocavam, fingindo contrariar: - Boa propaganda, mesire (Mesire - tratamento de respeito. Disse que cortei cabelo dele. E cortei, palavra da minha honra.- Explique l.
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Cortei dele, cortei dos filhos tamb. Era um xikaka (Xikaka - colono, portugu! Sempre duvidam, desconfiam. Apreciam o cabelo dele: foi cortado aqui, com essas minhas m. Tesourei- lhe sem saber qual era a import.
Firipe respondia: - Estou- vos a dizer: esse gajo trouxe a cabe. Espreitava cautelas para se desviar dos frutos que ca! Se vejo aqui um, desfa? Se ainda outro dia um muana (Custumunha - testemunha) trouxe uma fisga e apontou a porcaria da .
A pedra chocou- se nas folha, mb. Resultado: em vez desse cliente cortar cabelo aqui, foi rapado l. Do bolso do mestre Firipe sa. Afonso duvidava: - Esse homem esteve aqui? Se ele sentou nessa cadeira onde voc. Nunca! O barbeiro fingia- se ofendido. O Afonso era calmado pelos restantes.- Baba Afonso, n.
Faz conta a gente acredita, pronto.- Para mim . Afastara- se apenas uns tantos passos para conferenciar com um velho vendedor de folha de tabaco. Regressavam os dois, o Firipe e o velho: - Est.
Virando- se para o vendedor, Firipe ordenava: - Fala l. Na realmente, vi o homem da foto.
Foi cortado o cabelo dele aqui. Sou custumunha choviam as perguntas dos clientes: - Mas voc? Era dinheiro de fora. O barbeiro satisfeitava- se, peito em proa. De vez em quando, Jaim.
Um tipo dessa categoria fuma tabaco de filtro. Olhava, receoso, o barbeiro e ainda tentava um . Gaspar Vivito, um rapaz todo aleijado, ajudava nas limpezas. Varria as areias com cuidado para n.
Sacudia, longe, os panos. Firipe Beruberu sempre ordenava precau. Diz a lenda que, na cabe. Firipe via no desleixo de Gaspar Vivito a causa de todas as baixas na clientela. No entanto, muito n. Porque ele, completo, se anormalizara: as pernas bambas, marrabentavam (Marrabentar - verbo constitu. Babava- se nas palavras, salivando nas vogais, cuspindo nas consoantes.
Essa era a hora que chegavam as reclama. Foi por isso me mandou a mim reclamar. O barbeiro recebia a queixa de bom humor. Fazia soar a tesoura enquanto falava: - Olha p. Careca, poupa nos pentes. Depois, se cortei de mais .
Invariavelmente, o cliente juntava os seus protestos ao queixoso.- Mas, mesire, o senhor me cortou quase tudo na frente. Fala com seu pai, sua m. Era o momento para o barbeiro filosofar sobre as desgra?
Eu, por exemplo, nem camisa que n. Olha, meu cunhado comprou cueca em segunda m. Viver custa, Gaspar Vivito. E sentavam os dois. O mestre na cadeira, o ajudante no ch. Era o poente de mesire, hora de meditar suas tristezas.- Vivito?
Parece que o passarinho n'uantch. O riso espalhava- se no rosto de ambos.- Como cantam bem! Esta minha loja vai crescer, palavra da minha honra. Pode ser no futuro vou fechar ao p. Firipe discursava em redor da cadeira, gozando os futuros. Depois o barbeiro encarava o aleijado e era como o seu sonho quebrasse as asas e tombasse naquela areia escura.- Vivito: voc? E ele se aproximava de Vivito e deixava a sua m.
Os morcegos riscavam o c. Ela surgia e o barbeiro ficava suspenso, todo ele no olhar ansioso.- Viu aquela mulher, Vivito? Costuma passar aqui, a essas horas. Mas ele se confessava a ningu.
Faz tempo a minha mulher me abandonou. Sacana de gaja, deixou- me com outro.
Apedrejava os ramos, tentando bater nos morcegos.- Porcaria de bichos! Isto tem dono, propriedade de mestre Firipe Beruberu. E corriam os dois atr. Acabavam por se trope. E cansados, ofegavam um ligeiro riso, como se perdoassem ao mundo aquela ofensa. Foi num dia. A barbearia continuava seu sonolento servi.
O Firipe explicava a tabuleta avisando a taxa de dormida.- S. Acontece muito- muito com esse gordo, o Baba (Baba - senhor, pai, forma de tratamento que se reserva aos mais velhos.) Afonso. Era um mulato, quase branco.
As conversas desmaiaram ao peso do medo. O mulato se dirigiu ao barbeiro e ordenou que mostrasse os documentos.- Porqu? Eu, Firipe Beruberu, sou duvidado?
Um dos clientes aproximou- se de Firipe e segredou- lhe: - Firipe, . Depois, amarrotou- a e atirou- a para o ch? Se todos os documentos j? Deve ser um desses que recebeste aqui.- Mas receber, como? Nunca viu nos filmes, desses dos americanos?- Americanos, ent? Deve ser companheiro do outro, o tal Mondlane que veio da Am. O outro parte pelo atalho e regressa, minutos depois, trazendo o velho Jaim.
Ele confirma que recebeste aqui o tal americano da fotografia. Firipe, de sorriso frouxo, quase nem tem for? Eu que paguei ao Jaim. Na realmente eu vi o cujo homem.
Estava aqui, nesse cadeira. O agente empurrou o velho, amarrando os seus bra. Olhou em volta, com vistas de abutre magro. Enfrentava a pequena multid. O aleijado segurou o bra? Tu, o velho e este macaco dan.
Seguia- se- lhe o Vivito de passo b. Fechando o cortejo, vinham os dois agentes, vaidosos da sua ca. Arrancaram a tabuleta da barbearia.
Mas, olhando o lugar, eles muito se admiraram: ningu. Ferramentas, toalhas, o r.